Vi minha filha apenas na hora do parto, só tendo tempo mesmo de dar-lhe as boas-vindas e já a levaram para os cuidados necessários. Ela ficou no berçário até o momento de ir para o quarto, algumas horas depois. Nesse momento, o papai, a vovó Fan e o titio Wagner puderam ver, babar e brincar com ela através da parede de vidro do berçário e eu fiquei só.
A saudade durante o tempo de espera me consumia, pois era a primeira vez que ficara longe da minha pequena. O fato de estar operada nem me abalava porque todo sacrifício vale a pena para trazer uma vida ao mundo.
Então, trouxeram-me a Lyriel para amamentar. Mas não somente isso, seria a primeira vez que iríamos acalentá-la, amá-la com os olhos, identificar as semelhanças.
Ter segurado minha filha e já haver compartilhado sua presença com os demais foi uma experiência divina.
As visitas já estavam lá. Eu não sabia exatamente como fazer, mas o instinto materno nos ensina uma série de coisas, ou mesmo todas as coisas. Mas, hoje também já se pode contar com a ajuda dos colaboradores do hospital (enfermeiros, nutricionista, pediatra) e, a cada visita, novas informações, folhetos para nos orientar e isso foi muito bom.
Tive que amamentá-la ali mesmo e foi tão interessante! Um tanto desajeitada no início eu estava, mas isso nem atrapalhou. Não sei nem descrever essa experiência maravilhosa! Ver minha filha em meus braços de amor, parecendo um anjinho e o papai ao lado bobo de tanta felicidade, a vovó Fan e o titioWaner completando este momento. Isso é o céu. Foi mágico!
A amamentação é imprescindível para o crescimento e a saúde do bebê, por isso o alimento da Lyriel até os seis meses vai ser apenas o leite materno, se a natureza me permitir transbordá-lo.
Ao refletir sobre este momento, vem-me a visão da mãe Maria segurando seu Filho no colo, alimentando-O para dali Ele poder alimentar o mundo.
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