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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Amar é amamentar - 12/05/09


Vi minha filha apenas na hora do parto, só tendo tempo mesmo de dar-lhe as boas-vindas e já a levaram para os cuidados necessários. Ela ficou no berçário até o momento de ir para o quarto, algumas horas depois. Nesse momento, o papai, a vovó Fan e o titio Wagner puderam ver, babar e brincar com ela através da parede de vidro do berçário e eu fiquei só.

A saudade durante o tempo de espera me consumia, pois era a primeira vez que ficara longe da minha pequena. O fato de estar operada nem me abalava porque todo sacrifício vale a pena para trazer uma vida ao mundo.

Então, trouxeram-me a Lyriel para amamentar. Mas não somente isso, seria a primeira vez que iríamos acalentá-la, amá-la com os olhos, identificar as semelhanças.

Ter segurado minha filha e já haver compartilhado sua presença com os demais foi uma experiência divina.

As visitas já estavam lá. Eu não sabia exatamente como fazer, mas o instinto materno nos ensina uma série de coisas, ou mesmo todas as coisas. Mas, hoje também já se pode contar com a ajuda dos colaboradores do hospital (enfermeiros, nutricionista, pediatra) e, a cada visita, novas informações, folhetos para nos orientar e isso foi muito bom.

Tive que amamentá-la ali mesmo e foi tão interessante! Um tanto desajeitada no início eu estava, mas isso nem atrapalhou. Não sei nem descrever essa experiência maravilhosa! Ver minha filha em meus braços de amor, parecendo um anjinho e o papai ao lado bobo de tanta felicidade, a vovó Fan e o titioWaner completando este momento. Isso é o céu. Foi mágico!

A amamentação é imprescindível para o crescimento e a saúde do bebê, por isso o alimento da Lyriel até os seis meses vai ser apenas o leite materno, se a natureza me permitir transbordá-lo.

Ao refletir sobre este momento, vem-me a visão da mãe Maria segurando seu Filho no colo, alimentando-O para dali Ele poder alimentar o mundo.
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Dia 12 de maio “O Grande Dia”


1. Despertar

Mas nem dormi!
As malas (a de Lyriel e a minha) já estavam prontas há dias. Analisei-as umas mil vezes, para ver se faltava algo.
Banho às 4 horas.
Tomei apenas um copo de leite cedinho e às 6 horas saímos de casa para a internação.

2. A internação

Moramos em São Bernardo, mas o Hospital e Maternidade Brasil é em Santo André. Às sete horas já estávamos lá. Tiramos várias fotos ao chegar à maternidade, porém meu amado maridinho, com descuido apagou-as. Ele se justificou dizendo que queria mais espaços para as fotos do bebê e que foi sem querer. Mesmo assim, fiquei tiririca da vida! Nunca terei esse importante registro.
Fomos bem atendidos e, após a papelada, fui acomodada num quarto e de lá para a sala de parto.
Muita ansiedade e, ao mesmo tempo, serenidade. Um misto de sentimentos, todos bons...
O papai só me veria durante o parto. Ainda bem que ele quis estar conosco nesse momento.

3. O parto

Depois de todos os procedimentos médicos, fui levada à sala de parto. Logo me anestesiaram. Tive reação alérgica por causa da morfina que a anestesia contém. Meu nariz ficou coçando e fiquei sem respirar por ele. Todo o ar que respirei durante o parto foi aspirado pela boca, com isso fiquei cheia de gases e isso foi terrível para mim. Tive muitas dores e, por esse motivo, minha alta atrasou em um dia. Mas, tudo ficou bem depois. A cirurgia em si foi excelente.

Bem, após os médicos iniciarem os cortes (ai ai ai ui ui), foi que Jefferson entrou na sala. Ele ficou lindo vestido de “médico” e quando chegou perto de mim já estava muito emocionado e me fez um carinho. Eu também estava feliz e fiquei mais ainda ao vê-lo. Apesar da dificuldade para respirar, ao meu lado, ele me fez sentir muito amor e tranqüilidade.

Ele viu tudo, os cortes, os procedimentos médicos. Até que foi chamado pela enfermeira para pressionar junto com ela a minha barriga. Houve uma contagem até três e o movimento de empurrar por duas vezes e a nossa pequena nasceu. Ela chorou alto e forte e o médico falou que ela tinha um bom pulmão. Então, foram realizar a sucção no nariz para a retirada dos resíduos da placenta.

Jefferson, então revelou:
- Ela é linda! Cabeludinha!

Depois desse momento de controle do nascituro, trouxeram-me minha filha. Nem acreditei de tão linda e fofinha, rosadinha e chorava muito, porém quando encostei meu rosto no seu, imediatamente parou de chorar e me escutou. As primeiras palavras que lhe disse foram:

-Seja bem-vinda, minha filha, eu te amo, papai te ama. Que Jesus e Maria te abençoem!

A enfermeira mostrou-nos a identificação e aí levaram-na para o berçário para mais cuidados.